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Para Comandante Dan, desmatamento em Apuí e Lábrea desafia as autoridades constituídas

  • setembro 2, 2025
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Para Comandante Dan, desmatamento em Apuí e Lábrea desafia as autoridades constituídas

“Em pleno 2025, com o georeferenciamento e tantas tecnologias disponíveis, é inconcebível que o desmatamento, principalmente por queimadas florestais e por correntes, continue e que ninguém seja devidamente responsabilizado. Dizem que é a época de roçado do caboclo é uma leviadade, usada de desculpa para encobrir os verdadeiros criminosos”, disse o deputado.

O Comandante Dan considera que grande parte da devastação da Amazônia é capitaneada pelas facções criminosas, que financiam o que se chama de “narcogarimpo” e “narconegócio”. O termo “narcogarimpo” tem origem nas comunicações da Polícia Federal em 2021, durante a Operação Narcos Gold. Contudo, a conexão entre narcotráfico e garimpo é histórica. Já em 1990, um relatório do Serviço Nacional de Informação (SNI) indicou que as frentes de garimpagem na Terra Indígena Yanomami poderiam estar sendo utilizadas pelo narcotráfico.

O parlamentar, que preside a Comissão de Segurança Pública, Acesso à Justiça e Defesa Social (Cspjd) do Legislativo Estadual, defende uma ação coordenada entre as diferentes esferas de poder, para a repressão aos crimes ambientais. Para o deputado, não basta a ação reativa:

“Precisamos de uma ação preventiva, com o monitoramento tecnológico, além da presença de forças de combate a incêndios nas regiões de maior incidência. E precisamos tornar público os criminosos. Enquanto nós nos limitarmos a sermos reativos, estaremos enxugando gelo. E digo mais, precisamos de uma força tarefa que una as forças de segurança federais às estaduais para controle e patrulhamento da faixa de fronteira. O controle da segurança pública no Amazonas e no Brasil passa por aquela área”.

O Comandante Dan é o autor da Lei nº 6.987/2024, que estabelece a criação e implantação de Grupamentos Integrados de Combate a Incêndio e Proteção Civil (GCIPs) nos municípios do interior, visando o combate a incêndios florestais e ações humanitárias em catástrofes. A lei busca suprir deficiências no aparelho público, criando bases de atendimento em municípios mais afetados e capacitando brigadistas e efetivos para atuar nessas áreas, fortalecendo a segurança em face das mudanças climáticas. Tanto Apuí, a 800 km de Manaus, quanto Lábrea, 714 km distante da capital, possuem brigadas de combate a incêndio.

O estudo do Imazon alega que as áreas desmatadas em Apuí e Lábrea somam 277 km², o equivalente a 76 campos de futebol derrubados por dia.

Os números representam uma retomada do desmatamento, após uma redução significativa em 2022 e 2023. Pará, Mato Grosso e Amazonas aparecem nos três primeiros lugares, juntos respondendo por 76% do desmatamento e 87% da degradação florestal na região nos últimos 12 meses.

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