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Mapas mostram bombardeios russos à Ucrânia, posição das tropas e região que é epicentro da crise

  • fevereiro 24, 2022
  • 4 min read
Mapas mostram bombardeios russos à Ucrânia, posição das tropas e região que é epicentro da crise

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, na parte da Ucrânia conhecia como Donbass, como países independentes, e aprovou o envio de militares para “manter a paz” na área. As tropas iniciaram a invasão em toda a Ucrânia na noite de quarta-feira (23), no horário de Brasília.

Com a decisão do líder russo, o processo de paz no leste da Ucrânia, onde um conflito entre forças do governo e separatistas apoiados por Moscou já matou pelo menos 15 mil pessoas desde 2014, poderá ser minado.

As regiões de Luhansk e Donetsk têm zonas controlada pelos separatistas apoiados por Moscou e outras ainda em mãos do governo ucraniano. A linha que separa essas áreas é cenário de confrontos há anos.

O Nord Stream 2 mede 1.230 quilômetros. Ele passa sob o Mar Báltico e tem capacidade de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. Segue o mesmo percurso que o Nord Stream 1, que funciona desde 2012.

A gigante estatal de gás Gazprom conta com o Nord Stream 2 para fornecer gás natural acessível à Europa, complementando os gasodutos mais antigos que passam por Belarus e Ucrânia.

O sistema envelhecido que passa pela Ucrânia , segundo a Gazprom, precisa de reformas. O Nord Stream 2 também reduziria custos economizando taxas de trânsito pagas à Ucrânia .

A Europa é um mercado chave para a Gazprom, cujas vendas reforçam o orçamento do governo russo.

Rússia mobilizou mais de 100 mil soldados na região a fronteira com a Ucrânia para a realização de exercícios militares nas últimas semanas. Moscou vinha negando qualquer interesse de invadir a Ucrânia. O país, no entanto, está praticamente cercado pelo poderio militar russo.

Para tornar a situação ainda mais tensa, a Ucrânia está posicionada justamente entre a Rússia e seus aliados e diversos membros da Otan, a aliança que os russos querem evitar que os ucranianos passem a integrar.

Os acordos de paz de Minsk, assinados em fevereiro de 2015, tornaram possível reduzir significativamente os confrontos, mas eles continuam desde então, ainda que em ritmo reduzido. Os acordos preveem a reunificação de ambas as regiões com a Ucrânia, mas com Kiev concedendo ampla autonomia às duas regiões.

O leste ucraniano não é a única porta de entrada.

Belarus, país aliado da Rússia, também faz fronteira com o norte da Ucrânia – e a uma distância relativamente próxima à capital ucraniana Kiev.

Batalhões de soldados, jatos e sistemas antimísseis russos estão em Belarus para a realização de exercícios militares na fronteira ucraniana.

Além disso, existem ações próximas às fronteiras com a Polônia e a Lituânia, países integrantes da aliança militar do Ocidente, a Otan.

No oeste da Ucrânia fica a Transdnístria, uma região autônoma da Moldávia que pode causar problemas.

O território está alinhado com a Rússia e tem cerca de 1.500 soldados russos dentro de sua área de controle.

Em um referendo de 2006, a região reiterou sua vontade de se separar e também apoiou uma eventual anexação à Rússia – quase metade da população da região é de etnia russa.

Crimeia

Já no sul da Ucrânia fica a península da Crimeia que foi invadida e anexada pelos Russos em 2014.

A região estratégica que garante acesso da Rússia ao Mar Negro. Por lá, a Rússia realizou exercícios militares com cerca de 30 navios de guerra.

Fonte: G1

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