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Incêndio em complexo residencial de Hong Kong deixa 13 mortos e centenas de desalojados

  • novembro 26, 2025
  • 4 min read
Incêndio em complexo residencial de Hong Kong deixa 13 mortos e centenas de desalojados

Um incêndio atingiu, nesta quarta-feira (26), um conjunto de prédios residenciais no distrito de Tai Po, em Hong Kong, deixando ao menos 13 mortos e dezenas de feridos. As chamas se espalharam por torres do complexo Wang Fuk Court e alcançaram andaimes de bambu instalados na área externa das edificações. Autoridades informaram que moradores permanecem presos em partes dos imóveis destruídos.

O fogo começou no meio da tarde, horário local, e inicialmente foi classificado como nível 1. Com o avanço das chamas, o alerta foi elevado rapidamente para nível 4 e, ao anoitecer, chegou ao nível 5, o mais alto da escala adotada pelo Corpo de Bombeiros.

O incêndio mobilizou 128 caminhões e 57 ambulâncias. Centenas de bombeiros, policiais e equipes de resgate atuaram na contenção das chamas e na evacuação dos moradores. Segundo as autoridades, cerca de 700 pessoas foram retiradas para abrigos temporários. Tai Po fica no norte de Hong Kong, próximo à fronteira com Shenzhen.

Propagação pelas estruturas externas

As chamas se espalharam pelos andaimes de bambu, que cobriam parte dos oito blocos do complexo residencial. O local passa por uma obra de renovação avaliada em 330 milhões de dólares de Hong Kong. A estrutura comporta 1.984 unidades e cerca de 4.800 moradores.

Partes dos andaimes desabaram enquanto o fogo avançava. Testemunhas relataram fumaça densa e queda de materiais sobre a via pública, o que levou ao bloqueio de trechos da rodovia de Tai Po e ao desvio de linhas de ônibus.

Vítimas e situação de resgate

As equipes de emergência confirmaram que nove pessoas morreram no local. Outras quatro tiveram o óbito confirmado após serem levadas para hospitais da região. Entre as vítimas está um bombeiro.

O diretor adjunto do Corpo de Bombeiros afirmou que a operação seguia com dificuldades devido ao calor intenso e a instabilidade das estruturas internas.

“Os destroços e os andaimes dos prédios afetados estão desabando. A temperatura dentro dos prédios está muito alta, o que dificulta nossa entrada para combate ao fogo e resgate”, disse Derek Armstrong Chan, diretor adjunto do Corpo de Bombeiros (Operações).

Outro bombeiro permanece internado por exaustão térmica. O líder chinês Xi Jinping enviou condolências às famílias e pediu que os esforços de resgate continuem para reduzir o número de vítimas.

Autoridades distritais relataram que parte dos moradores presos nos prédios é composta por idosos, segundo depoimentos coletados pela imprensa local.

“A maioria dos moradores presos no incêndio eram idosos”, destacou Lo Hiu-fung, membro do Conselho Distrital de Tai Po.

As autoridades abriram abrigos temporários na região para atender famílias desalojadas.

Moradores relataram à mídia local a perda imediata de bens e a dificuldade para deixar os prédios durante a propagação das chamas.

“Desisti de pensar na minha propriedade. Ver tudo queimar foi muito frustrante”, concluiu um morador identificado como Wu, em entrevista à TVB.

Histórico e riscos estruturais

Acidentes envolvendo andaimes de bambu têm sido recorrentes em Hong Kong. As estruturas, amplamente utilizadas em reformas por seu baixo custo, foram apontadas por especialistas como um ponto crítico em incêndios recentes. Em outubro, um incidente semelhante na Torre Chinachem deixou quatro feridos e exigiu evacuação de dezenas de pessoas.

O Observatório de Hong Kong mantém alerta vermelho para risco de incêndios desde segunda-feira, devido à baixa umidade, ventos fortes e vegetação seca. Autoridades afirmam que ainda investigam a causa do incêndio atual, mas indicam que ele começou no andaime externo de um dos prédios e se espalhou para blocos vizinhos.

Comparativo histórico

O incêndio em Tai Po é o mais letal na cidade em anos. Em novembro de 1996, um incidente em um prédio comercial de Kowloon deixou 41 mortos após 20 horas de combate às chamas, também classificado no nível máximo de alerta.

Com informações AP News (Site Internacional)*

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