O governo federal anunciou na segunda-feira (21) que vai zerar o imposto de importação do etanol até 31 de dezembro deste ano.
A decisão foi tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia e ainda precisa ser publicada para entrar em vigor, o que deve acontecer na quarta-feira (23).
Além do etanol, a medida também inclui seis itens da cesta básica e eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos.
O etanol vai ficar mais barato?
Não há garantias. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, a medida pode baratear a gasolina nas bombas de combustível em até R$ 0,20 por litro. Mas essa redução pode não chegar ao consumidor, já que o cenário internacional continua instável, influenciando os preços dos combustíveis.
Quando começa a valer a redução do imposto?
A vigência da redução dos impostos será imediata a partir da publicação da norma, o que deve acontecer na quarta-feira. Nas bombas – se chegar – essa redução deve demorar, uma vez que só será válida para novas importações.
Qual o valor do imposto atualmente?
Segundo o governo, o imposto é de18% sobre o etanolque venha de fora dos países que integram o Mercosul. O Brasil também negocia cotas específicas de imposto zero com países como os Estados Unidos — acima do volume acordado, cada litro adicional está sujeito à tarifa de importação.
Por que o governo aprovou a medida?
Desde 2021, o governo adota uma série de medidas para tentar frear a escalada do preço dos combustíveis nos postos — uma situação que se agravou ainda mais desde que a Rússia, grande produtora de petróleo, invadiu a Ucrânia em fevereiro e foi alvo de retaliações comerciais dos Estados Unidos e da União Europeia.
O governo espera que a decisão ajude a baratear o litro do etanol comum e do etanol aditivado e ajude a conter a alta dos preços da gasolina — que, por lei, é misturada com uma parcela de etanol antes de chegar ao tanque dos veículos.
Houve redução também para alimentos?
Sim. A Câmara anunciou a redução a zero da alíquota de importação sobre seis itens da cesta básica que mais pesam no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): café, margarina, queijo, macarrão, açúcar cristal e óleo de soja.
As alíquotas de importação em vigor atualmente para esses produtos variam entre 9% (café e óleo de soja) e 28% (queijo).
Para os alimentos, a redução do imposto começa a valer assim que for publicada a medida no Diário Oficial, o que deve acontecer na quarta-feira (23).
Fonte: G1