Em comemoração aos 130 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão, a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), anunciou nesta quarta-feira (05/11) a criação do bairro Colônia Japonesa. O anúncio ocorreu durante sessão plenária na Câmara Municipal de Manaus (CMM), com a presença do cônsul-geral do Japão em Manaus, Yuichi Miyagawa, e representantes da comunidade japonesa.
Cooperação histórica e simbolismo cultural
O cônsul Yuichi Miyagawa destacou o caráter simbólico do projeto e a relevância da comunidade japonesa na história do Amazonas.
“Este é um ano muito importante para a comunidade japonesa no Amazonas. O projeto do bairro japonês é um sonho que reforça os laços entre nossas nações e abre novas oportunidades para estreitar as relações culturais e econômicas”, afirmou o cônsul.
O novo bairro Colônia Japonesa será implantado entre o Parque 10 de Novembro e o Novo Aleixo, abrangendo as zonas Centro-Sul e Leste de Manaus. A proposta é resultado de uma articulação entre o Implurb, a Comissão de Turismo e Relações Internacionais da CMM — presidida pelo vereador João Carlos — e o Consulado do Japão em Manaus, com apoio de instituições e empresas parceiras.
Estudos técnicos e valorização da parceria
De acordo com o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente, os estudos técnicos para criação do bairro vêm sendo conduzidos há cerca de cinco meses.
“Levamos a proposta ao prefeito David Almeida, que prontamente apoiou a iniciativa. O segmento econômico e industrial japonês tem papel de destaque no Polo Industrial de Manaus. Temos influências culturais, gastronômicas e urbanísticas dessa parceria, que agora será celebrada com o bairro Colônia Japonesa”, explicou Valente.
A iniciativa busca valorizar a contribuição histórica e cultural dos imigrantes japoneses e estimular o turismo e o desenvolvimento urbano. O projeto também reconhece o papel da colônia japonesa no crescimento da Zona Franca de Manaus, onde está localizada uma das maiores fábricas japonesas fora do Japão, com mais de cinco mil colaboradores e produção diária superior a 3,7 mil motocicletas.
Reconhecimento e integração
O vereador João Carlos destacou que o projeto é uma homenagem à comunidade que ajudou a moldar a capital amazonense.
“Reconhecer a Colônia Japonesa é respeitar uma história construída com dedicação e trabalho. O povo japonês tem contribuído enormemente para o desenvolvimento da nossa cidade”, declarou.
Expansão urbana e diversidade cultural
A última criação oficial de bairros em Manaus ocorreu em 2010, quando a Lei nº 1.401 instituiu áreas como Nova Cidade, Cidade de Deus, Novo Aleixo, Gilberto Mestrinho, Lago Azul, Tarumã-Açu e Distrito Industrial 2.
Com o projeto da Colônia Japonesa, Manaus reforça sua diversidade cultural e urbanística, além de fortalecer as relações internacionais com o Japão, unindo história, desenvolvimento e identidade em um marco inédito para a capital.
*Com informações da Assessoria de Comunicação
